A inteligência artificial já é uma realidade há vários anos, mas recentemente a simplicidade e a qualidade de resposta do Chat GPT aberto ao publico pela Open AI fez com que milhões tomassem conta dessa realidade. Como em qualquer nova tecnologia há quem a adore e adote sem pensar duas vezes e há quem vaticine que será o fim do mundo como o conhecemos. Desde o desemprego em massa à ascensão das máquinas a dominar o mundo como no Exterminador implacável e no Matrix ou num modelo mais humano como no Eu robot.
Vamos ver como o Chat GPT imagina o futuro daqui a 20 anos. Este foi o prompt que lhe introduzi:
És um autor de ficção cientifica português e licenciado em ciências da comunicação. A tua tarefa é descrever em 4 parágrafos o possível futuro da Humanidade daqui a 20 anos tendo por base o desenvolvimento da inteligência artificial e as suas capacidade de automação não só em software mas também com aplicações a robótica. O teu texto deve incluir o futuro de humanos e da inteligência artificial.
Esta foi a resposta;
Dentro de 20 anos, a inteligência artificial terá alcançado níveis incríveis de automação e capacidade de aprendizado. Os sistemas de IA serão capazes de realizar tarefas complexas que antes eram exclusivas dos humanos, como diagnósticos médicos precisos, traduções instantâneas e condução autônoma de veículos. Além disso, a robótica estará muito mais avançada, permitindo que os robôs realizem tarefas difíceis e perigosas, liberando os humanos para se concentrar em trabalhos que exigem criatividade e pensamento crítico.
Enquanto isso, os humanos terão se beneficiado do trabalho automatizado, permitindo-lhes ter mais tempo livre e uma maior qualidade de vida. No entanto, também haverá desafios a serem enfrentados, como o impacto na força de trabalho e a necessidade de se adaptar a novos tipos de empregos. Além disso, a IA também traz questões éticas e de segurança, como a preocupação com a privacidade e a segurança cibernética, bem como a possibilidade de se tornar uma ameaça para a humanidade.
O futuro da IA e robótica também será influenciado pelo avanço tecnológico em outras áreas, como a computação quântica e a internet das coisas. Esses avanços permitirão que os sistemas de IA sejam ainda mais poderosos e capazes de realizar tarefas ainda mais complexas. A IA também será cada vez mais incorporada em nossas vidas diárias, tornando-se cada vez mais presente em nossas casas, carros e dispositivos pessoais.
Em resumo, a inteligência artificial e a robótica serão fundamentais para a humanidade daqui a 20 anos, permitindo-lhes alcançar novos patamares de automação e eficiência, mas também trazendo desafios éticos e de segurança. Será importante para os humanos se prepararem para esses desafios, preparando-se para se adaptar a um mundo cada vez mais automatizado e tecnológico.
Cumpriu a extensão de texto que pedi bem como abordou as duas vertentes humanos e IA de forma bastante informada levantando não só as questões tecnológicas mas também as questões éticas e sociais (que um licenciado em ciências da comunicação teria em conta). Quanto ao conteúdo da sua resposta? Apesar de parecer original e de em alguns casos parecer haver criatividade os modelos de redes neurais assentam num modelo de nódulos que analisam informação e apresentam a resposta mais provável palavra a palavra. Um pouco como a escrita inteligente do nosso telemóvel mas numa escala infinitamente maior. Dito isto no estado atual a inteligência artificial dificilmente poderá criar algo de novo, pode sim relacionar grandes quantidades de informações e dar respostas e análises num tempo absurdamente curto face ao que nós humanos seriamos capazes de fazer. Isso faz dela uma optima ferramenta de trabalho e de optimização do nosso trabalho.
Nos tais 20 anos no futuro acredito que teremos níveis de automação e de previsão incríveis e extremamente fiáveis. Áreas como a meteorologia e medicina que assentam em análise de grandes quantidades de variáveis terão na IA uma forte aliada. O mesmo para modelos económicos e empresariais como previsões de vendas gestão de stock e mercados financeiros, bem como para seguradoras. Se juntarmos todos estes modelos de previsão à ação dos processos de automação em fábricas, entregas, hospitais e mesmo nos nossos eletrodomésticos e domotica teremos várias “escravos” pessoais para automatização de tarefas. Sim alguns empregos irão desaparecer como sempre acontece e como sempre acontece novos empregos irão surgir. Na área do lazer sobretudo uma vez que grande parte da população irá ter muito tempo livre. Vamos às sociedades com escravos, egípcios e gregos a parte da população detentora dos meios de produção aproveitou o seu tempo livre para desenvolver questões ligadas às artes e ciências, desporto e filosofia. Aqui no entanto há uma diferença um vez que os “escravos” passam a ser máquinas qual será o futuro das pessoas que não detêm meios de produção? Será com certeza um desafio social.
No campo do entretenimento muito se fala de outra inovação que está em estágio de desenvolvimento, o metaverso. Apesar do Facebook ter apostado fortemente ao ponto de mudar o nome da empresa mãe para Meta creio que na frente da corrida e no rumo certo está a Microsoft não só com os seus óculos, com a suite de produtividade 365 mas com a sua aposta na aquisição de produtoras de videojogos muito mais avançados e adequados ao modelo do metaverso. Juntando a isso a aposta na Open AI a Microsoft está no bom caminho para criar universos imersivos no metaverso não só ao nível de jogos e entretenimento mas também como forma de utilização da Inteligência artificial numa realidade mais próxima da que conhecemos agora, quer seja como ferramenta para humanos quer seja como programa autónomo para interação com humanos.
Questões éticas e a perversão da realidade são dois pontos a ter em atenção e que devem merecer desde já atenção no rumo e desenvolvimento da IA. Se por um lado se fala muito da questão dos direitos de autor das obras produzidas por IA também se levantam duvidas sobre o fator de logro que a inteligência artificial pode criar ao não ser reconhecida como IA e confundida com um ser humano. Ou pior, se assistimos a deepfackes muito realistas no passado as versões atuais de produção de imagem e de áudio (o VALL-E da Microsoft consegue com total sucesso reproduzir qualquer voz com uma amostra de 3 segundos) podem por em causa qualquer áudio ou vídeo até então fontes credíveis para jornalismo e tribunal.
É verdade que há muitos desafios pela frente, várias ameaças, mas acima de tudo vejo oportunidades no curto e a longo prazo. E se até aqui temos tido uma evolução consistente de tecnologia estamos a preparar-nos para um grande salto tecnológico. Pessoas e empresas devem começar desde já a dominar a linguagem e as potencialidade para não perder o comboio que está a arrancar e que vai atingir uma grande velocidade….
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